domingo, 10 de julho de 2011
Platini merece prémio «não se pode calá-lo?»
Declarações sem sentido revelam algo por resolver com Portugal.
Por Luís Sobral
Platini é tão desastrado e ligeiro nesta vida de dirigente quanto era eficiente e elegante no tempo de jogador.
Como presidente da UEFA, Platini é uma bomba-relógio. Ele abre a boca e nunca sabemos o que poderá suceder.
As últimas declarações sobre jogadores estrangeiros, envolvendo duas equipas portuguesas, são um exemplo disso.
Platini não deve ignorar que a existência de jogadores estrangeiros nas equipas da UEFA é prática comum. Alguns clubes de elevada notoriedade há muito que têm nos seus plantéis larga maioria de futebolistas de países que não aquele onde jogam. E nenhum mal veio ao mundo.
Ao contrário do que seria previsível após a lei Bosman, continuamos a ter equipas de jovens. Continuam a ser formados jogadores excelentes e nada de muito substancial se alterou no mercado de transferências. Aliás, pelo contrário: os recordes de vendas datam todos da última década.
Portanto, não se percebe qual é exactamente a preocupação de Platini, muito menos por que resolveu manifestá-la agora.
O facto de ter escolhido para exemplificar a sua «tese» a final da Liga Europa é só deselegante e permite, face a declarações não muito distantes, concluir que Platini continua a ter algo mal resolvido com Portugal. E mais especificamente com o F.C. Porto. O que é inaceitável.
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