sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Barcelona - FC Porto "Missão possível"

Alguém está à espera de um resultado que não seja a vitória do super-Barcelona na partida desta noite? Dificilmente. A equipa de Pep Guardiola é a melhor da actualidade, provavelmente a melhor de sempre, e chega a esta Supertaça Europeia ainda mais confiante depois da vitória sobre o Real Madrid do super-José Mourinho. Posto isto, o FC Porto vai ter esta noite o jogo mais fácil da temporada; perder será normal, ganhar terá contornos de feito sobrenatural. O Barcelona e favorito, mas favoritos também foram o Bayern e o Ajax e perderam.

sábado, 20 de agosto de 2011

Mário Zagallo: a fama ajudou-o num assalto


L
adrões reconheceram-no e deixaram-no seguir com o carro, levando, apenas, um fio de ouro, um relógio e outros objectos pessoais.
Por Redacção com JTF

A fama tem destas coisas, prejudicial umas vezes, benéfica noutras. Uma faca de dois gumes, portanto. A Mário Zagallo, tetra-campeão do mundo pelo Brasil, serviu-lhe para ficar com o seu carro.

O ex-jogador e treinador, com 80 anos de idade, foi assaltado nos arredores da sede do Botafogo, no Rio de Janeiro, na madrugada de segunda para terça-feira. Um grupo de quatro homens atravessou o carro à frente daquele onde seguia Zagallo, juntamente com a mulher e o filho, numa altura em que regressavam a casa.

Depois, de acordo com a comissária Daniela Terra, mostraram armas de fogo para intimidar Zagallo e levaram um fio de ouro, um relógio e outros objectos pessoais. A ideia inicial era levar também o carro, mas um dos assaltantes reconheceu Zagallo e todos decidiram voltar atrás. Entraram no carro e fugiram, deixando o brasileiro seguir para casa com a família.

Rolando: o goleador que não gosta de abrir a boca



Em 2004/05, na estreia com a camisola do Belenenses, com meros 18 anos, demorou vinte e cinco minutos a marcar na Liga (3-0 ao Marítimo).
Por Vítor Hugo Alvarenga

Rolando representa a selecção de Portugal. Joga no F.C. Porto. Nasceu em Cabo Verde. Gozou a adolescência no Alentejo, quando os pais biológicos estavam em Madrid. Uma roda-vida. Está no topo mas é a antítese de um herói. Gosta de marcar à primeira para logo dizer, com excesso de humildade: «Não me peçam isto muitas vezes.»

Na Supertaça de domingo, o central bisou. Demorou três minutos a balançar as redes. Um ano antes, fizera exactamente o mesmo. Obra do acaso? Nem tanto. Em 2004/05, na estreia com a camisola do Belenenses, com meros 18 anos, demorou vinte e cinco minutos a marcar na Liga (3-0 ao Marítimo).

Figura no actual F.C. Porto, ídolo em Cabo Verde e em Campo Maior, terra alentejana que o viu crescer, Rolando conserva o perfil reservado de outrora. Fala pouco, protesta ainda menos. É central, mas nunca viu um cartão vermelho. Enfim, é uma paz de alma.

Ídolo de São Vicente a Campo Maior

Nascido em São Vicente, Rolando deu os primeiros pontapés no Batuque Futebol Clube. Neste verão, foi homenageado na terra-natal. Pela mão do empresário João Cardoso da Silva, rumou a Portugal para jogar no Campomaiorense. Tinha 15 anos e despesas pagas. Precisava de companhia. José, amigo de escola, foi como um irmão.

«Um dia, o José chegou a casa e disse: 'mãe, tenho um amigo, é de cor, pode vir cá almoçar a casa'? Eu respondi-lhe logo que isso não importava, claro que sim, que viesse. Hoje em dia, é como um filho para mim.»

O relato emocionado vem de Rosinda Paio, a «mãe» por adopção. Em Campo Maior, é recordado com saudade. «Com o tempo, habituou-se a nós e ficou cá a dormir. Só pensava em ser jogador de futebol, mas era muito inteligente. Era o rei da matemática. Aliás, na escola onde andou, há uma placa com o seu nome. Estão à espera dele para uma homenagem», explica-nos.

«Ele acabou o 12º ano e chegou a meter os papéis para a Universidade, quando esteve no Boavista a treinar, mas o Boavista tinha excesso de estrangeiros e o Rolando acabou por ir para o Belenenses», prossegue Rosinda. Recuámos a 2003. O central despedia-se do Campomaiorense.

Treinou no Boavista, mas não só. Segundo Alberto Bastos Lopes, então técnico dos juniores do Benfica, o clube encarnado chegou a ter Rolando nas mãos. «Fizemos um relatório que a aconselhava a sua contratação», contou, ao jornal i. Alguém decidiu o contrário. O defesa acabou no Belenenses.

A felicidade entre o enorme trauma

Rolando despediu-se da família alentejana. Luís Manuel e Rosinda Paio ficaram como pais, Luís Miguel e José Duarte como irmãos. O segundo suicidou-se em 2007. Um trauma. «O meu José era benfiquista doente. Se ele fosse vivo quando o Rolando foi para o Porto, insultava-o logo.»

«Quando o meu filho se suicidou, o Jorge Jesus (então treinador do Belenenses) impediu o Rolando de vir logo a Campo Maior. Achou que seria um grande trauma. Mas o Rolando acabou por vir no dia seguinte», recorda Rosinda, entre lágrimas.

Felicidade interrompida. Até então, tudo corria de feição a Rolando. Lançado por Carlos Carvalhal, na primeira jornada da Liga 2004/05, assinalou a estreia com um golo. Em 25 minutos. Agarrou o lugar. Em quatro épocas, afirmou-se. O F.C. Porto reparou. Desde 2008, é uma referência portista. Fez sempre mais de 40 jogos/época. A Europa está atenta, mas Rolando foge ao estrelado.

«Ele é muito tranquilo, não gosta de entrevistas, não se mete em confusões. Quando cá estava em Campo Maior, se não falássemos com ele, ele não abria a boca. Queria sempre ficar em casa, no quarto, agarrado ao computador. Ainda hoje, é assim, discreto», remata Rosinda Paio, em conversa com o Maisfutebol.

Afinal, Messi também provocou Mourinho

Gesto do argentino apanhado pelas câmaras de televisão
Por Redacção

Quase 48 horas depois, o Barcelona-Real Madrid ainda é notícia. Toda aquela tensão final com a entrada de Marcelo e a agressão de José Mourinho ao adjunto de Guardiola tiveram vários rastilhos durante o encontro. Pelo menos é isso que defendem os «merengues». O programa de televisão «Punto Pelota» divulga agora imagens que confirmam um dos alegados (não assumidos oficialmente) argumentos do Real: Messi provocou o treinador português com um gesto e ainda se atirou a Coentrão, que terá saído em defesa dos companheiros. Veja as imagens.



Falcao: «Serei dragão até ao fim»



Um dia depois da mudança para o At. Madrid, avançado colombiano despede-se dos adeptos portistas.
Por Redacção com NT

Um dia depois de ter sido oficializada a transferência para o Atlético de Madrid, Radamel Falcao recorreu ao seu site oficial para deixar uma mensagem aos adeptos do F.C. Porto. O jogador agradece o apoio recebido no clube português, e acaba a dizer que será sempre Dragão, embora sem garantir que um dia volte.

Leia a mensagem de Falcao, na íntegra:

Em primeiro lugar queria agradecer a toda a família portista, liderada pelo seu presidente, pela fantástica oportunidade que me proporcionaram.
Desde o início senti que estava a chegar a um local muito querido, onde todos me receberiam da melhor forma possível, desde os meus companheiros, às pessoas do clube e da cidade e até todos os adeptos. A verdade é que nunca imaginei receber tanto carinho desta cidade, pelo que ficará para sempre na minha memória e no meu coração.

Foram duas épocas incríveis onde aprendi e cresci muitíssimo a todos os níveis. Sempre trabalhei para que a minha passagem pelo clube não fosse esquecida e sempre me esforcei para ganhar o carinho e o respeito de todos.

Este foi o meu primeiro passo na Europa e era impossível ter corrido melhor. Num momento como este apenas me consigo sentir extremamente grato a todos por esta inesquecível experiência.

Foi, desde o início, uma história de amor à primeira vista entre "O Tigre e O Dragão". Não vos posso prometer que um dia irei regressar, mas uma coisa posso garantir: serei Dragão até ao fim!

Muito obrigado a todos!

Falcao

At. Madrid apresenta Falcao na segunda-feira



Avançado colombiano rumou à capital espanhola a partir de Vigo.
Por Redacção com NT

Radamel Falcao está a caminho de Madrid, e será apresentado na próxima segunda-feira como reforço do Atlético.

O próprio jogador confirmou, através do «twitter», estar a viajar para a sua nova casa. De acordo com o jornal «AS», o colombiano chega ao Aeroporto de Barajas pelas 22h45 de Espanha (menos uma em Portugal), proveniente de Vigo.

Os exames médicos arrancam na manhã deste sábado. A apresentação oficial está marcada para as 20 horas de segunda-feira, com o Atlético de Madrid a preparar uma cerimónia mediática, já ultrapassada a agitação das Jornadas Mundiais da Juventude, presididas pelo Papa Bento XVI.

O Atlético de Madrid pagou 40 milhões de euros ao FC Porto pelo avançado, mas há uma verba de sete milhões ainda dependente de objectivos.

Em vídeo poderá ver os comentários do treinador Gregorio Manzano e dos jogadores Elias, Perea (compatriota de Falcao) e Sílvio sobre a chegada do reforço colombiano.

F.C. Porto-Gil Vicente, 3-1 (destaques)



Hulk volta a desequilibrar. E é bem provável que o volte a fazer nas próximas jornadas. Nota mais para Adriano Facchini e Hugo Vieira no Gil Vicente
Por Pedro Jorge da Cunha

A figura: Hulk
Optar por Hulk não é especialmente criativo. Disso temos consciência. Não é também a cedência à lei do menor esforço, ao culto da preguiça. É, isso sim, a constatação simples e objectiva da relevância incontornável do internacional brasileiro no jogo do F.C. Porto. Conquistou e apontou uma grande penalidade no 1-1, assistiu Sapunaru no 2-1 e fuzilou as malhas da rede gilista no 3-1. Como contornar esta evidência? Como falar deste F.C. Porto sem entregar o protagonismo a este fantástico atleta? O mais provável é continuar a vê-lo neste espaço ao longo das próximas jornadas. Não digam que não avisamos.

A desilusão: 30 minutos do F.C. Porto
Os piores dos últimos anos, certamente. Passes errados em catadupa, ritmo anémico, desconcentração reprovável, intranquilidade incompreensível e dois golos a contrariar todos os sintomas aqui apontados. A meia-hora inicial do F.C. Porto foi um aviso sério. Para manter os patamares competitivos da época transacta, a equipa não pode soçobrar com tamanha facilidade a um golo madrugador do adversário.

O momento: o penálti de Hulk
Uma entrada horrorosa, um golo sofrido de grande penalidade, olhos esbugalhados na bancada e uma preocupação crescente. Tudo isto até ao golo do empate. Do 1-1. Sob pressão, Hulk sofreu falta e converteu o castigo máximo em golo. O F.C. Porto voltou à estava zero, recomeçou o jogo e, mesmo sem partir para uma actuação autoritária, conseguiu reparar um erro gravíssimo.

Silvestre Varela
Mérito de arriscar no pior período da equipa. Tudo saía mal e apenas Varela assumia a coragem de desequilibrar. Principalmente sobre a esquerda, de quando em vez na outra banda, o mais acertado dos dragões. Capacidade de chegar à linha de fundo e cruzar. Nem sempre bem, é certo. Este é, de resto, um aspecto a refinar no seu jogo. Conseguir colocar a bola com maior acerto e ao alcance dos seus colegas. Noite positiva para o internacional português.

Hugo Vieira
Barcelos germina um avançado dos bons. Não engana. Confirma, de resto, os sinais emanados frente ao Benfica. Uma grande penalidade conquistada às custas da sobranceria de Sapunaru, duas ou três arrancadas fogosas sobre as alas, sempre a preocupar os laterais azuis e brancos. É português, minhoto, bom jogador. E parece não se intimidar no calor dos maiores palcos. Ora, então, muita atenção a ele.

Adriano Facchini
Descoberta extremamente interessante. Do União da Madeira, na II divisão, para o principal escalão nacional. Sóbrio, sempre concentrado, mãos férreas, uma bela aparição. Deixara alguma curiosidade na estreia da Liga e o melhor que se lhe pode dizer é que teve a capacidade de não baixar o nível. Mais um brasileiro na baliza de um clube português. Este aparenta ser dos bons.

Fernando Belluschi
20 minutos em campo e a certeza de que faz a equipa feliz.

Walter
Dez minutos em campo e a convicção de que não será ele a fazer esquecer Falcao.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Vitor Pereira arrasa Jesus: «É egocêntrico»



Treinador do F.C. Porto duríssimo. «Ele acha-se inteligente, um visionário. Aqui no F.C. Porto também há pessoas inteligentes.»
Por Pedro Jorge da Cunha

Resposta muito forte de Vitor Pereira a Jorge Jesus. O técnico do Benfica havia considerado «inexistente» o penálti do F.C. Porto em Guimarães. Depois do jogo contra o Gil Vicente, na sala de imprensa, o treinador dos dragões foi muito longe nas palavras.

«Não sei com que intenção fez essa avaliação. Não é mais inteligente do que os outros. Se fizesse uma avaliação justa, com o distanciamento necessário, se conseguisse apreciar os lances sem olhar só para si próprio, não diria o que disse. Não acredito que tenha esse distanciamento. Tem uma personalidade egocêntrica. No momento de colher os louros o mérito é sempre dele. O mérito da estrutura normalmente não existe. Nesta questão da arbitragem tem o mesmo problema. Olha muito para o que acontece na casa dos outros», disse Vitor Pereira.

E continuou. «Não percebeu, por exemplo, que tivemos duas ou três grandes penalidades a nosso favor na Supertaça que não foram assinaladas. Também não percebeu que o Gil Vicente não ganhou ao Benfica porque o Nolito fez um golo em fora-de-jogo. Este é um exemplo típico de quem tem um umbigo grande. Ele acha-se inteligente, um visionário. Aqui no F.C. Porto também há pessoas inteligentes.»

A finalizar, Vitor Pereira assegura que irá evitar entrar nestes mind games. «Estou preparado para uma guerra dentro do campo. Mas estas insinuações que ficam no ar, esta tentativa de condicionamento dos árbitros, deixo para ele. A partir de agora vou deixá-lo a falar sozinho.»

Difícil mas invicto (e líder) F.C. Porto-Gil Vicente, 3-1 (crónica)



Pensar em Radamel Falcao, sofrer a dor da perda e sobreviver à custa de uma segunda parte apaziguadora. No Mónaco não haverá a mesma margem de manobra
Por Pedro Jorge da Cunha

A síndrome da perda é duríssima. Abstinência emocional, coração confuso, uma encruzilhada de opções bloqueadas pelo choque. Só o tempo a pode diluir do organismo. O diagnóstico é provisório, porém. Afinal, nem 48 horas passaram do adeus a Falcao e já o F.C. Porto saiu à rua. Com seriedade, é verdade, mas principalmente intranquilo e comprometido, como se um injustificado sentimento de culpa se tivesse apossado da equipa.

Esta estrutura detesta mudanças, adaptações, fins de ciclo. A história recente está recheada de exemplos que o comprovam. Adulto responsável que é, o campeão nacional só vive na estabilidade, na casa arrumada, nas camisolas de cor logo na gaveta de cima e as cinzentas logo antes das pretas e brancas. Há quem chame a isto ser obsessivo compulsivo. Nós preferimos ser menos dramáticos. O F.C. Porto apenas gosta de se sentir seguro.

Por mais que Vitor Pereira o tente desvalorizar, o panorama é demasiado óbvio. No Dragão está em andamento a introdução silenciosa e gradual de um novo ciclo. Sem o anterior treinador, sem Radamel Falcao, para já sem Alvaro Pereira e Fernando. São angústias a mais, questões por resolver, acertos adiados até 31 de Agosto.

Tudo isto para dizer que a vitória sobre o Gil Vicente não é uma história fácil de contar. O 3-1 de linear nada tem. Principalmente por culpa de uma equipa que ainda não sabe muito bem o que esperar de si própria. O F.C. Porto, claro.

Dois golos a maquilhar uma dor profunda

Horrível. A primeira meia-hora dos campeões nacionais foi horrível. Aos dois minutos, Sapunaru perdeu uma bola para Hugo Vieira e o lance acabou com Otamendi e derrubar o gilista. Grande penalidade convertida por João Vilela, o F.C. Porto ainda mais envergonhado, ainda mais sem rumo.

FICHA DE JOGO E NOTAS

Mesmo depois de uma resposta convicta, sustentada em dois golos, pouco mudou na qualidade de jogo dos azuis e brancos. Hulk sofreu e concretizou também um penálti, antes de Sapunaru fazer de cabeça o 2-1. Tudo parecia corrigido, não fosse a retumbante parcimónia da formação portuense em praticamente todas as acções de jogo.

Mau, tudo muito mau até aos 30 minutos. O Gil Vicente, naturalmente, percebeu a tacanhez que do adversário se apoderou e fez o seu jogo. Certinho atrás, desenvolto pelas alas, perturbador no último terço do terreno. Aplausos para Hugo Vieira, também para o guarda-redes Adriano Facchini e o médio João Vilela.

No Mónaco não há lugar para a saudade

O amor é assim. Sempre foi, sempre será. O medo de perder o que acabámos de tocar. Falcao tocou os adeptos do F.C. Porto durante dois anos. Foi-se embora, deixou muitos corações no vazio. As leis mercantilistas de lógica pouco têm e de afectividade ainda menos. Este Porto terá de ser inteligente, racional, para ultrapassar as dores da separação.

Na segunda parte já se viu um pouco desse F.C. Porto. Parou para reflectir, percebeu que deve olhar para o jogo como uma diversão responsável, nunca como uma tortura, nunca como uma tarefa cumprida de rosto cerrado.

O pontapé gutural de Hulk facilitou as coisas. 3-1, níveis de tranquilidade repostos. O futebol de algodão doce, infantil e ingénuo, passou a ser lúcido. Pelo menos isso. O dragão agarrou-se a tudo o que pôde até a tormenta acalmar. Funcionou. Desta vez funcionou.

O futuro começa agora mesmo. E tem o Barcelona de Pep Guardiola no horizonte. Sabe-se que para os catalães nem o relatório de autópsia comprova a morte do opositir. Os catalães querem bola, bola e mais bola, têm um prazer sádico em brincar com a presa morta. Um apetite voraz potenciado pelo desvelo e a paixão.

Se o F.C. Porto os afrontar ainda acometido desta saudade e da tal síndrome, o mais provável é acabar numa mesa fria de uma morgue monegasca. Há uma semana para despir o luto.

domingo, 14 de agosto de 2011

V. Guimarães-F.C. Porto, 0-1 (crónica)



Uma questão de intensidade, a memória de André Villas-Boas e o aviso aos distraídos que não fez o mínimo de efeito
Por Vítor Hugo Alvarenga

Eis o tal aviso aos distraídos. Na época passada, Benfica e Sporting entraram em falso, o F.C. Porto não. Na 1ª jornada da Liga 2011/12, um cenário em tudo semelhante. Hulk decidiu de penalty. Há um ano, na Figueira da Foz. Neste domingo, em Guimarães. Com polémica à mistura (0-1).

Olegário Benquerença assinalou um castigo máximo em cima do intervalo, com propriedade para o fazer, mas terá de lidar com as críticas vitorianas: perto do minuto 90, Toscano queixa-se de uma mão na bola de Rolando, na área. As repetições não esclarecem mas deixam tremendas dúvidas.

O Berço volta a gerar emoções fortes: na última visita, Villas-Boas foi expulso por causa de uma pretensa mão. Uma mão, afinal, de Ruben Micael. Será fácil imaginar a troca de posturas. Desta vez, Manuel Machado jurará que foi mão, o F.C. Porto dirá que o triunfo lhe encaixa com tremenda injustiça, face ao desperdício contínuo de Kléber. Ficam os primeiros três pontos.

Intenso até dizer basta

A diferença entre este jogo e os restantes, na abertura oficial da Liga 2011/12, residiu na eterna questão da intensidade. Antes de mais, a intensidade competitiva, entre duas equipas com acelerador a fundo e coração na ponta das chuteiras. Houve mais Vitória neste terceiro duelo.

Em casa, tudo muda. Tomam-se atitudes mais firmes, perde-se a vergonha habitual de espaços públicos, assume-se uma postura mais autoritária. À terceira, Manuel Machado encarou o adversário sem complexos de inferioridade e a mensagem passou para a equipa.

O jogo no Berço prova que o mesmo onze pode ter duas faces. A Supertaça terminou com diferença mínima mas o F.C. Porto raramente tremeu. No D. Afonso Henriques, o Vitória sentiu a força dos seus adeptos e perdeu a timidez posicional.

Voltando à questão da intensidade, agora numa versão menos pacífica. Tudo morria nas mãos de Nilson até uma decisão contestada de Olegário Benquerença. À vista desarmada, a principal responsabilidade deve ser apontada a Leonel Olímpio. A bola ia para Sapunaru, o árbitro observava tudo com corredor aberto e o brasileiro não abdicou da gravata. Penalty.

O movimento não é virgem no futebol português. Longe disso. Em lances de bola parada, como aquele canto na esquerda, em cima do intervalo, é o pão nosso de cada dia. Contudo, quando o juíz assinala a infracção, a dúvida essencial é esta: houve carga ou não houve? Parece haver.

Kléber perdido nas nuvens

Antes, durante e depois, assistiu-se a um jogo impróprio para cardíacos. O F.C. Porto apresentou Otamendi e Guarín no onze. Falcao ficou no banco, vendo Kléber desperdiçar duas oportunidades soberanas para inaugurar a contagem. O mérito de Nilson é proporcional ao desacerto do jovem avançado.

O Vitória apostava na velocidade do seu ataque e equilibrou forças com a inspiração de Barrientos, médio uruguaio com tremendo potencial. O reforço vitoriano pegou no jogo e atrapalhou a defensiva azul e branca. Primeiro, cruzou de letra, à imagem de Hulk, para remate frouxo de Toscano. Depois, perdeu uma imensidão de tempo para atirar à baliza, saindo-lhe uma rosca.
Num duelo intenso e aberto, sobram as críticas para o estado de relvado e várias entradas ríspidas. A paixão sobrepôs-se ao discernimento, felizmente sem registo de danos graves. Valeu pela entrega, pela coragem de parte a parte, deixando a incerteza perdurar até ao apito final.

A segunda parte permitiu à troca de papéis sem mudanças nos protagonistas. Hulk continuou a assistir os falhanços de Kléber, até Falcao entrar em campo. Ao minuto 67, o brasileiro atirou para as nuvens e saiu. Na mesma altura, Manuel Machado fez três mudanças, num vale-tudo que deixou o marcador em aberto. Surgiu o tal lance duvidoso na área do F.C. Porto, perto do final, para concluir uma obra quente, quente como os dias recentes.

V. Guimarães-F.C. Porto, 0-1 (destaques)



A confirmação desnecessária de que Hulk é um caso especial; o aparecimento de um menino chamado Barrientos e a noite do desperdício de Kléber.
Por Pedro Jorge da Cunha

A Figura: Hulk

Um golo de grande penalidade, duas assistências perfeitas para Kléber, uma mão-cheia de arrancadas a deitar por terra o mais concentrado dos defesas. Hulk começa a Liga da forma do costume. A decidir. Fê-lo na última época, na Figueira da Foz, como já fizera anteriormente. É um caso à parte, um jogador de atributos únicos e, também por isso, de leitura exclusiva. Erra mais do que os outros porque arrisca mais; remata mais, dribla mais, desafia tudo com a maior das naturalidades. Tudo aponta para mais uma temporada em êxtase constante.

A desilusão: Kléber

A noite do desencanto. Do desperdício abusivo. Três lances claríssimos para golo, três más decisões. No primeiro lance desenquadrou-se com a baliza e rematou para a defesa de Nilson; no segundo retardou a decisão até permitir a intervenção do guarda-redes; no terceiro, com tempo e espaço, fuzilou uma das cadeiras no Topo Sul. Isto tudo e Radamel Falcao a assistir desde o banco de suplentes. Não está em causa a sua qualidade. Kléber tem porte físico, trabalha bem a bola, entrega-se à luta e é fortíssimo no ar. Mas a vida de ponta-de-lança exige fiabilidade na grande área. Não correspondeu.

O momento: a grande penalidade

A gravata de Leonel Olímpio a Sapunaru atirou ao chão um equilíbrio intenso e irresistível. O puxão existe, de facto, e o romeno dele tirou o melhor proveito. Chamado a cobrar o castigo máximo, Hulk lá decidiu uma contenda jogada olhos nos olhos, de lábios trincados e suor em bica. Para aumentar os níveis de suspense, a bola ainda bateu no poste e saiu aos repelões antes de beijar as redes. Se gostasse de futebol, Alfred Hitchcock era bem capaz de incluir uma cena destas num dos seus filmes.

Outros Destaques

Jean Barrientos
Paixão à primeira vista entre a plateia e o actor. Representação maior deste uruguaio, senhor de drible fácil, rapaz de serpenteios e nuances de criatividade. Confiante, quase provocador, chegou ao ponto de fazer um cruzamento de letra na esquerda. Direita, centro, esquerda, Barrientos pisa qualquer ponto de terreno, seja qual for a ideologia ou o contexto do mesmo. A noite podia ter sido ainda melhor se não se tivesse assustado com o olhar de Helton. Desequilibrou-se, não acertou na bola e adiou a felicidade. Ficaram as juras de talento eterno.

Otamendi
O ciclo de alternância entre o argentino e Maicon parece não fazer sentido. Três intervenções heróicas e decisivas na segunda parte voltam a edificar a discussão: quem é o melhor central do F.C. Porto? Nicolás Otamendi é, no mínimo dos mínimos, um dos dois melhores. Imperial nas alturas, coriáceo pelo chão, teimoso do princípio ao fim. Grande jogo, um dos melhores em campo.

João Paulo
Um combatente de convicções inabaláveis. Para ele, só a pele esfolada e os múscudos esticados ao limite comprovam a nobreza da actuação. Entrega comovente à causa vitoriana, a manipular limitações e a elevar o amor ao emblema. Um jogador anacrónico, portanto, à moda antiga. A repetição da bela amostra deixada já na Supertaça.

Nilson e Helton
Longe vão os tempos em que do Brasil só chegavam camiões de avançados e médios malandros. A europeização do futebol canarinho renovou a concepção do treino de baliza. Já não é fácil encontrar um Valdir Peres, talvez o pior internacional brasileiro de sempre na sua posição. Nilson e Helton voltaram a comprovar os dados anteriores. Noite praticamente perfeita dos compatriotas. Defesas atrás de defesas, algumas a roçar o rótulo do impossível. Só mesmo de grande penalidade algum deles se vergou. Dois belos profissionais.

Freddy Guarín
O mais influente no F.C. Porto até ser substituído. Tudo lhe sai bem. Passes de primeira, fintas desorientadoras, assistências longas, sempre de cabeça levantada. O que este homem amadureceu no último ano! A jogar assim, das duas uma: ou se torna titular indiscutível ou é transferido até 31 de Agosto.

V. Guimarães-F.C. Porto, 1-1 (ficha)

Campeão entra a ganhar
Por Redacção

O F.C. Porto começou a defesa do título de campeão nacional com uma vitória em casa do V. Guimarães por 1-0. Hulk marcou de penalty o único golo da partida.

No penúltimo jogo de uma primeira jornada de empates (cinco em seis), em que Benfica e Sporting somaram apenas um ponto, o F.C. Porto ganha desde já vantagem.

A partida ficou decidida em cima do intervalo, quando Olegário Benquerença assinalou grande penalidade por uma carga de Leonel Olímpio sobre Kléber na área. Bateu Hulk, Nilson ainda defendeu, a bola bateu no poste e acabou por entrar.

Benfica e Sporting: a desilusão, as promessas e as desculpas (já?!)



Candidatos de Lisboa entram de lado na Liga
Por Luís Sobral

Benfica e Sporting entraram de lado na Liga. Ambos empataram, mas chegaram a esse resultado por caminhos diferentes. Um e outro demonstraram que apesar de muita coisa parecer ter mudado, nada de substancial se alterou.

O Benfica falhou a sua principal promessa. Presidente e treinador tinham anunciado que não se repetiria a má entrada da época passada. Luís Filipe Vieira chegou mesmo a anunciar que tinha percebido o problema e iria estar mais perto da equipa.

Sexta-feira o Benfica entrou em campo e fez um golo. E depois outro. A seguir adormeceu e acabou empatado com uma equipa que subiu esta época. Para acentuar a sensação de coisa já vista, o segundo golo dos gilistas foi marcado por Laionel, tal como na primeira jornada da época passada. E, já agora, Vieira não se viu.

O Benfica chegou ao campeonato sem que o treinador tivesse escolhido um sistema, um «onze» e sem resolver questões fundamentais: arranjar um substituto para Luisão e uma alma gémea para Aimar. Pior, um dia depois do empate cedeu o médio mais parecido com o argentino, Carlos Martins. Uma decisão que deveria ser explicada, uma vez que assim, a seco, resulta incompreensível.

Portanto, passou um ano, o Benfica tem mais jogadores, alguns até melhores, mas não resolveu o essencial.

Foi essa precisamente a ideia que o Sporting passou. Domingos também não tem um sistema e até ideias soltas são poucas. Algumas das que apresentou até parecem más, destinadas a não fazer caminho, como por exemplo juntar no mesmo meio-campo Rinaudo, André Santos e Schaars. O clube comprou um avançado holandês, alto, forte, caro. Mas na primeira vez que teve de encontrar soluções para defrontar equipas aborrecidas e fechadas como o Olhanense deixou-o no banco. Entrou um miúdo chileno de 18 anos que uma pré-época já transformou em herói.

O Sporting podia ter vencido o Olhanense? Sem dúvida. Criou muitas oportunidades e desperdiçou-as? Sem dúvida. Mas foi mais forte do que na época passada? Nem por isso. Foi intenso, é verdade, mas se tiver de pensar numa palavra que sintetize a noite do leão, ocorre-me sôfrego.

A imagem que fica do Sporting, nesta primeira jornada, é a de Domingos Paciência, nervoso, a levantar os braços ao céu como se se tratasse do jogo decisivo da época e não apenas o primeiro. O treinador leonino transmitiu a ideia de estar muito pressionado, de resto algo que confirmou na flash-interview ao responsabilizar a falta de sorte e o árbitro pelo empate. Nem as críticas aos «comentadores» faltaram. Enfim, usou logo na primeira jornada as desculpas mais velhas do futebol. Nem parecia Domingos.

Claro que Benfica e Sporting podem melhorar. Sim, porque na primeira jornada toda a gente pode melhorar. Para já prometeram e não cumpriram.

P.S.: Tenho admiração e respeito por Carlos Freitas, responsável do Sporting, mas as críticas que fez depois do empate com o Olhanense são tão desajustadas que chocam. Não acredito que este seja o caminho mais curto para devolver o Sporting aos títulos.

F.C. Porto-V. Guimarães, 2-1 (destaques)



Magia de Hulk e Moutinho a abrir e eficácia de Rolando a decidir. Pelo meio um Souza sem rival.
Por João Tiago Figueiredo

Rolando: tocou o telefone?

«Villas-Boas tem o meu número», disse, um dia, Rolando. Depois da amostra da Supertaça, se o telemóvel não tocou, talvez não volte a tocar. Percebe-se a intenção do F.C. Porto em segurar este central que não parece ser o preferido de ninguém, mas, ao mesmo tempo, anda muito longe de ser esquecido por todos. A exibição não foi perfeita porque quase deu o empate a Maranhão, mas alguém se vai lembrar disso? É que Rolando marca golos (esta noite foram dois), ajuda a conquistar pontos e, agora, até dá títulos. É justo pedir mais?

Hulk: insubstituível?

Deliciosa. Mágica. Incrível, em suma. Foi assim a entrada em cena de Hulk na nova temporada. O cruzamento de letra que resultou no primeiro golo do F.C. Porto é uma nova adição a um portfólio a abarrotar de pormenores deliciosos e jogadas de levantar a plateia. Aliás, pouco depois, numa arrancada de mais de 50 metros, ficou perto de assinar outro momento de antologia. O pé direito ainda não tem a afinação do esquerdo. Na segunda parte ainda sofreu um penalty evidente de João Paulo e continuou a criar perigo. Pinto da Costa é bem capaz de ter razão. Não há muitos no mundo como ele.

Souza: enorme

Compreende-se que Fernando não tenha feito parte das escolhas de Vítor Pereira. A avaliar pela amostra deixada por Souza em Aveiro, a sentença é simples: Fernando não faz assim tanta falta. Início de jogo demolidor do brasileiro, onde não perdeu uma única bola dividida e conseguiu um par de recuperações de bom nível. Cada intervenção com sucesso foi sublinhada com aplausos das bancadas, o que lhe deu uma confiança que extravasa o próprio duelo deste domingo. Souza está a ganhar força para ser uma opção recorrente ao longo da época. De facto, a jogar assim, é Fernando quem tem de correr atrás do prejuízo

Falcao: o filho pródigo

Estrondoso o aplauso no regresso do novo senhor 45 milhões. Já era um dos favoritos das bancadas azuis e brancas, mas o estatuto saiu reforçado no defeso. Falta, agora, ganhar ritmo e desenferrujar, pois ainda pareceu preso de movimentos. Normal, para quem tem menos de uma semana de trabalho.

Primeiro golo do F.C. Porto

Haveria melhor forma de começar a temporada 2011/12? Talvez. Mas esta também não foi nada de se deitar fora. Três minutos de jogo e o F.C. Porto conquista um canto. Os mais atentos lembram que foi assim que Rolando marcou, no mesmo minuto, ao Benfica, na época passada. História a repetir-se? O canto provou que não...por uns segundos. Depois, veio o melhor. Uma obra de arte cozinhada a três. Calcanhar de Moutinho, centro de letra de Hulk e cabeça mortífera de Rolando. Arranque em beleza para o futebol nos relvados nacionais.

Toscano, contra o mundo

Manuel Machado prescindiu de Edgar e entregou as despesas do ataque a Marcelo Toscano, com o apoio de Barrientos. Pouco para incomodar, suficiente para assustar. Na verdade, o ataque vimaranense produziu muito pouco futebol. Era quase Toscano contra o mundo. Mas, porque um jogo tem vários momentos, entre eles as bolas paradas, os minhotos conseguiram equilibrar a contenda e assustar o dragão. Mérito de Toscano, com um golpe fulminante de cabeça, antecipando-se a Fucile. Não deu para mais. Também era difícil.

F.C. Porto-V. Guimarães, 2-1 (crónica)



O Porto de Vítor Pereira entrou na nova época como tinha acabado anterior: a marcar. Confundir o presente com o passado foi o melhor que podia fazer!
Por Sérgio Pereira

Há quem diga que a pior coisa que se pode ter no presente é um passado feliz: depois da felicidade vem sempre algo pior. O melhor, portanto, é não ter um passado feliz. Ou não fazê-lo acabar. O F.C. Porto, este F.C. Porto, é claramente uma equipa de continuidade. A felicidade para ela é uma linha sem quebras.

Assenta nos mesmos princípios, na mesma intensidade, no mesmo pressing ofensivo, na mesma capacidade de romper pelas alas. De cabeça limpa e virada para o ataque, constrói um futebol positivo, cheio de oportunidades de golo e emoção em cada arranque de Hulk. Enfim, sabe ser feliz.

Veja a ficha de jogo e as notas dos jogadores

Como se não tivesse uma história alegre por trás, confunde o passado com presente e entra nesta época como tinha entrado na anterior: a marcar. Rolando, outra vez ele, fez o primeiro golo aos três minutos, como tinha feito no ano passado. Na altura criou ansiedade no Benfica, agora matou dúvidas.

As circunstâncias mudaram muito, é verdade, o F.C. Porto era esta noite favorito óbvio, contra a desconfiança da última época. Mas isso são coisas da nossa cabeça. No espírito da equipa a clareza de ideias e a força da vontade eram as mesmas. Talvez por isso o Vitória só ameaçou muito tarde.

Fucile: «Rolando é o melhor central que vi na vida»

A primeira, essa, foi pintada de azul. Mesmo sem Falcao, Guarín, Álvaro Pereira ou James, jogadores fundamentais, é certo, o F.C. Porto integrou bem jogadores como Souza, um dos melhores em campo, confirmou que os inícios de época são as melhores fases de Hulk e fez por merecer o triunfo.

Entrou no jogo a marcar um golaço, cheio de arte e talento, que começou num toque de calcanhar de Moutinho, continuou no centro de letra de Hulk e acabou no cabeceamento de Rolando. Um golo perfeito. Pelo meio é verdade que o V. Guimarães empatou, mas foi uma igualdade que durou oito minutos.

Rolando, outra vez ele, que assumiu esta noite um papel de figura do jogo, tratou de restabelecer as distâncias e afastar o espectro de uma surpresa. Desta vez com o pé, mas ainda ao segundo poste e solto de marcação, fez o segundo pouco antes do intervalo e garantiu um regresso tranquilo dos balneários.

Vítor Pereira: «Difícil é gerir maus jogadores»

A tranquilidade só haveria de ser colocada em causa no quarto de hora final e já depois do F.C. Porto falhar uma mão-cheia de oportunidades. Pelo meio Pedro Proença deixou passar incólume pelo menos um penalty sobre Hulk: embora haja mais dois lances na área vimaranense passíveis de discussão.

Ora com tudo isto, e como é natural, o V. Guimarães encheu-se de coragem e ameaçou o empate em duas ou três ocasiões. Foram só ameaças, porém: a justiça prevaleceu e o F.C. Porto ganhou a Supertaça Cândido de Oliveira. Vítor Pereira começa esta época como Villas-Boas tinha começado a anterior.

Para ele é um excelente sinal. Até porque a tarefa que tem é mais complicada que a de Villas-Boas: um passado feliz pode muitas vezes hipotecar-nos o futuro, lembram-se? Villas-Boas tinha todo um horizonte de possibilidades de fazer melhor à frente. Vítor Pereira não. Bem pelo contrário.

Começou por fazer igual e essa é uma grande vitória.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Manchester United impõe derrota ao Barcelona




O Manchester United aproveitou o amigável desta madrugada para de certa forma vingar a derrota na final da Liga dos Campeões e superou o Barcelona por 2-1 num intenso jogo de pré-época. Os red devils foram mais eficazes que os blaugrana e conseguiram, no contra-ataque, desfeitear os espanhóis.

O conjunto catalão sofreu a primeira derrota deste verão perante um rival de inegável categoria, que chegou a este encontro mais rodado e com maior consistência no seu futebol. Nani activou o marcador para a equipa de Ferguson aos 21 minutos, após um excelente passe entre linhas de Welbeck. O português tirou então partido da sua velocidade e, frente ao guarda-redes, foi só escolher o lado e atirar a contar.

Pese essa contrariedade, o Barça, como é costume, teve mais controlo de bola, mas não foi capaz de ser incisivo no ataque. Afellay lesionou-se aos 40 minutos e complicou ainda mais a tarefa de Pep Guardiola, que lançou o jovem Cuenca para o lugar do holandês. Na realidade, os catalães chegaram a ter em campo nove jogadores da cantera!

Já na segunda parte, como sucedeu contra o Bayern Munich, Thiago tornou-se protagonista. O canterano tentou a sua sorte de longe e obteve um grande golo, não dando hipóteses de defesa a De Gea. Contudo, os red devils voltaram a marcar, pouco depois, outra vez em contra-ataque, por intermédio de Michael Owen, que parece caminhar para a sua melhor forma.

AUTOR: Marcos Blanco Hermida

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Campeonato da pré-época: resultados


CONFIRA TODOS OS NÚMEROS

Julho

FC Porto-Tourizense, 7-0
V. Guimarães-Brasov, 4-0
Rio Ave-Sindicato, 3-0
Beira Mar-Brasov, 1-0
Freamunde-Sp. Braga, 1-2
Benfica-Seleção Friburgo, 9-1
V. Guimarães-Penafiel, 3-0
FC Gutersloh-FC Porto, 1-10
Servette-Benfica, 1-1
Olhanense-Crawley Town, 2-1
Sp.Braga-Brasov, 2-0
Dijon-Benfica, 2-1
Sporting-Presikhaaf, 8-0
Arouca-Feirense, 1-1
Aves-Rio Ave, 2-0
V.Setúbal-Iberos FC, 7-1
V.Guimarães-Beira Mar, 4-1
Belenenses-U.Leiria, 0-0
Académica-Clínica de Futebol, 6-0
Seia-Paços de Ferreira, 0-8
Benfica-PSG, 3-1
P. Ferreira-Seleção da Guarda, 8-0
Académica-Tourizense, 2-0
V. Setúbal-Celta de Vigo B, 2-1
Feirense-Santa Clara,0-2
Telstar-Sporting, 0-3
Borussia Monch.-FC Porto, 0-0
Freamunde-Gil Vicente, 1-1, (1-3 gp)
Leixões-Sp-Braga, 2-2
Arouca-Beira Mar, 0-0
Benfica-Anderlecht, 2-2
FC Porto-SC Verl, 3-1
Sporting-Ankaragücü, 3-0
Sp. Braga-Moreirense, 4-1
Santa Clara-Beira Mar, 0-1
Belenenses-Olhanense, 1-0
Oliveirense-Gil Vicente, 0-1
Leixões-Feirense, 1-0
Sp. Covilhã-V. Setúbal, 0-0
Benfica-Toulouse, 1-0
Aves-V.Guimarães, 1-0
U. Leiria-Naval, 1-0
Académica-Arouca, 2-3
P. Ferreira-Sindicato, 5-1
Rio Ave-FC Porto, 1-3
V. Setúbal-Estoril, 3-1
Celta de Vigo-Sp. Braga, 2-1
Santa Clara-Académica, 2-0
Sp.Covilhã-Gil Vicente, 0-1
Ol. Hospital-U. Leiria, 1-8
Leixões-Maritimo, 1-2
Penafiel-Rio Ave, 2-0
Moreirense-P. Ferreira, 2-0
Naval-Beira Mar, 0-0
Olhanense-Brighton, 2-1
Sp. Braga-Aves, 2-0
Académica-V. Guimarães, 1-1 (3-5 após g.p.)
Juventus-Sporting, 1-2
Feirense-Marítimo, 0-0
FC Porto-Penãrol, 3-0
Santa Clara-V. Guimarães, 3-0
Marítimo-Rio Ave, 0-0
Gil Vicente-Sp. Braga, 0-3
V. Setúbal-Atlético, 1-3
Penafiel-P. Ferreira, 1-2
Beira Mar-Académica, 0-3
Oliveirense-U. Leiria, 2-0
Rio Ave-St. Etiénne, 1-1
Feirense-Marítimo, 2-0
P. Ferreira-Marítimo, 2-1Sporting-Valencia, 0-3
Olhanense-V.Setúb al, 1-1
Beira Mar-Celta de Vigo, 0-0
*Sp. Braga-Queens Park Rangers, 0-1
*Sp. Braga-Atalanta, 0-0 (3-1 g.p.)
Académica-Feirense, 4-2

V. Guimarães-Marítimo, 1-1
Ol. Lyon-FC Porto, 2-1
U. Leiria-Olhanense, 0-0

Agosto

Oliveirense-P.Ferreira, dia 3
Feirense-Rio Ave, dia 3, às 17 horas
Trofense-Beira-Mar, dia 3
Estoril-U.Leiria, dia 3
Académica-Beira-Mar, dia 3
Marítimo-?, dia 4
Málaga-Sporting, dia 5
Benfica-Arsenal, dia 6, às 21 horas
Sp. Braga-Aston Villa, dia 6
P.Ferreira-?, dia 6
Marítimo-?, dia 6
?-Sporting, dia 6
Tirsense-Feirense, dia 6
Beira Mar-U. Leiria, dia 6
Rio Ave-Gil Vicente, dia 6, às 17 horas
Olhanense-?, dia 6
Olhanense-?, dia 7
U.Leiria-Tourizense, dia 8

*Jogos de apenas 45 minutos

(Peço desculpa pela demora, mas foi impossível postar alguma coisa durante estes últimos tempos, primeiro tive uma ida a Vila Nova de Mil Fontes e mais tarde andei ocupada com a preparação do meu aniversario. )