terça-feira, 12 de julho de 2011

Benfica termina estágio com derrota (1-2)



Nem Javi Garcia disfarçou lacunas na defesa
Por Redacção com RG

Uma goleada no sábado, um empate no domingo e uma derrota, esta terça-feira, diante do franceses do Dijon (1-2) . Este é um resumo lisonjeiro do estágio que o Benfica encerrou agora na Suíça em que deixou claro que tem ainda muito trabalho pela frente, particularmente na defesa. Esta noite, Jorge Jesus voltou a improvisar no sector mais recuado, incluindo o «voluntário» Javi Garcia no eixo ao lado de Miguel Vítor, mas as lacunas continuaram a ser evidentes. Os melhores foram mesmo os que já lá estavam, com Aimar e Gaitán na primeira parte e Jara na segunda.

O recuo do espanhol para o eixo da defesa, abriu espaço para a titularidade do sérvio Matic à frente da defesa, mas não trouxe mais estabilidade a um sector onde o Benfica não esconde fragilidades, particularmente no lado esquerdo, onde Fábio Faria reforça as saudades de Fábio Coentrão. Mais à frente, destaque para a presença do reforço Enzo Pérez, na posição de Salvio, a compor um ramalhete que já se conhece muito bem, com Aimar e Gaitán a juntarem-se ao compatriota no apoio a Cardozo e Saviola.

No meio-campo do Dijon o Benfica até se mexia bem, com Aimar e Gaitán em plano de destaque, o problema era quando era preciso defender. Fábio Faria sentiu dificuldades em fechar o seu flanco e Miguel Vítor também demorava a recuperar. Um pouco melhor esteve o jovem André Almeida no lado direito. Sempre que o Dijon fazia lançamentos em profundidade, colocava em evidência as fragilidades encarnadas e o primeiro golo acabou por surgir, assim, aos 41 minutos, com Cáceres a aparecer destacado diante de Artur para um golo fácil.

Para a segunda parte, Jesus procurou testar um sistema alternativo (4x4x2), juntando Javi Garcia a Matic no miolo, com Bruno César sobre a esquerda e Gaitán solto no meio, no apoio a Cardozo. Com o espanhol mais adiantado, o Benfica conseguiu finalmente exercer alguma pressão sobre a defesa francesa, mas não conseguiu manter o ritmo, com as constantes interrupções no jogo para a entrada de novos jogadores. Já com Mora e Nolito em campo, o Benfica sofreu o segundo golo, aos 73 minutos, novamente em contra-ataque, com Courgnaud a passar entre Wass e Javi Garcia para bater Roberto.

Tal como na primeira parte, na segunda foi um «homem da casa» que deu mais nas vistas. Jara foi dos mais inconformados e já perto do final acertou no poste. Mas a última palavra foi de Urreta. Depois de uma bom trabalho de David Simão na zona central, o uruguaio tirou uma adversário da frente para assinar o golo de honra dos encarnados já em tempo de descontos.

O Benfica despede-se, assim, do estágio com uma derrota que tem o valor que tem. Revela, acima de tudo, que Jorge Jesus tem ainda muito trabalho até ao primeiro jogo da pré-eliminatória da Liga dos Campeões.

FICHA DO JOGO
Estádio de Colovray, em Nyon

BENFICA: Artur (Roberto, 65m); André Almeida (Wass, 70m), Miguel Vítor (Urreta, 79m), Javi Garcia e Fábio Faria (David Simão, 46m); Matic; Enzo Pérez (Jara, 60m), Aimar (Roderick, 46m) e Gaitán (Mora, 57m); Saviola (Bruno César, 46m) e Cardozo (Nolito, 63m).
Treinador: Jorge Jesus.

DIJON: Padovani (Tchagouni, 46m); Varrault, Souprayen, Zarour e Sankharé; Corgnet; Guerbert, Bauthéac e Rochy; Raphael Cáceres (Courgnaud, 70m)e Jovial.
Treinador: Patrice Carteron.

Ao intervalo: 0-1.
Marcadores: Cáceres (41m), Courgnaud (73m) e Urreta (90m)
Disciplina: cartão amarelo a Matic (18m) e Jara (73m).
Resultado final: 1-2.

Sem comentários:

Enviar um comentário