domingo, 17 de julho de 2011

Guadiana: Benfica-PSG, 3-1 (crónica)



Cardozo, Gaitán e Aimar coloriram o primeiro tempo, apesar de problemas na defesa; Nolito entrou para trazer raça aos encarnados
Por Redacção com JA

O Benfica iniciou da melhor maneira o Torneio do Guadiana, vencendo o Paris Saint Germain. Cardozo, Jara e Saviola marcaram os golos dos encarnados, enquanto Nenê marcou para os franceses.

Os suspeitos e os problemas do costume. Aimar, Gaitán e Cardozo continuam com a corda toda e são, claramente, os jogadores em melhor forma no Benfica. Os suspeitos do costume numa equipa com os habituais problemas defensivos, que, diga-se, já se arrastam desde os últimos meses da temporada passada. Como o provam os mais de vinte jogos seguidos a sofrer golos.

Um problema bem visível que custou um golo na primeira parte e que não foi mais penalizador, porque os franceses andaram distantes da baliza de Artur Moraes. Marcaram na primeira vez que lá chegaram, abrindo um enorme buraco na zona central da defesa, onde surgiu Nenê isolado, não tendo dificuldade em bater o guarda-redes do Benfica. Na segunda vez que ameaçaram, Nenê trabalhou à vontade no flanco direito e colocou a bola dentro da pequena área para dois colegas que apareceram nas costas da defensiva encarnada. Valeu à equipa portuguesa o facto de os dois franceses não terem chegado à bola.

Também houve coisas positivas na exibição dos encarnados, mostrando elementos em bom momento: Aimar (o melhor), Gaitán e Cardozo, a quem faltou melhor companhia. Mesmo assim, deu para o Benfica reivindicar superioridade no primeiro período, chegando à vantagem por Cardozo que concluiu boa triangulação com os outros supracitados. Muito do jogo ofensivo dos encarnados passava pelos pés deste trio porque Enzo Perez e Bruno César ainda são corpos estranhos. Matic, que joga sempre ao primeiro toque, pareceu mais ambientado, mas a missão do sérvio é mais defensiva.

Para a segunda-parte, Jorge Jesus retirou Aimar, Cardozo, Bruno César e Enzo Perez, para estrear Witsel, que entrou com Jara, Saviola e Nolito. O belga foi ocupar a posição de Aimar e procurou jogar ao primeiro toque. E foi em Witsel que começou a jogada do segundo golo encarnado, servindo Nolito, que, com raça, ganhou uma bola que já estava perdida nos pés de um adversário e serviu Jara na direita, para subtil chapéu sobre o guarda-redes. Em dia de aniversário, Jara festejou com o 2-1.

Um golo que surgiu contra a tendência do reinício do jogo, pois até aí as melhores situações para golo pertenceram ao Paris Saint Germain. A vantagem contagiou o Benfica, que até final inverteu a tendência que a partida estava a levar, e, com uma mais por expulsão dde Armand, deu para ver que Nolito pode ser um bom reforço, mostrando muita raça e inteligência.

Saviola, perto do final, ainda elevou a contagem para os encarnados, atingindo números que não espelham algumas dificuldades (e debilidades) defensivas. Ainda assim, é um Benfica em progressão e, agora, segue-se o Anderlecht, para ver se se confirmam as melhorias e se lá atrás há consolidação.

FICHA DE JOGO

Estádio: Algarve, em Faro
Árbitro: João Ferreira, de Setúbal

BENFICA: Artur; André Almeida, Javi Garcia, Miguel Vítor e Fábio Faria; Matic; Enzo Pérez, Pablo Aimar e Bruno César; Cardozo e Gaitán.

Jogaram ainda: Saviola, Nolito, Jara, Witsel e Urreta

PSG: Douchez; Landre, Sakho, Ngoy e Tiéné; Maurice, Clément, Chantome e Nené; Hoarau e Erding.

Jogaram ainda: Aréola; Jallet, Armand, Camara e Makonda; Bodmer, Arnaud, Bahebeck e Kebano; Luyindula, Gameiro

Disciplina: cartão amarelo a Pablo Aimar (41), Sakho (41), Armand (49 e 68), Miguel Vítor (75), Camara (75), Urreta (77)

Golos: 1-0, Cardozo (11m); 1-1, Nené (15m); 2-1, Jara (64); 3-1 Saviola (89)

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