domingo, 22 de maio de 2011

Taça: V. Guimarães-FC Porto, 2-6 (destaques)



Falcao? James!
Por Catarina Machado

James
Alguém se lembrou de Falcao? André Villas-Boas disse que havia talento suficiente para substituir o camisola 9, lesionado, e não estava enganado. James até pode ser diferente mas revelou-se igualmente eficaz. Na festa do Jamor assinou três golos, uma assistência e ainda marcou um livre que esteve na origem do 3-2. Tarde fantástica do avançado colombiano, de apenas 19 anos, um suplente de grande valia e em clara ascensão no FC Porto. O entendimento com Hulk e Varela é soberbo, movimenta-se com confiança (e perigosidade) em qualquer lado da frente, o que é inestimável para uma equipa que joga com a liberdade atacante da sua. Logo aos três minutos não hesitou perante a oportunidade de inaugurar o marcador, como não pensou duas vezes na cara de Nilson, com uma finta nos descontos da primeira parte e que terminou no seu segundo golo. Pelo meio assistiu Varela no segundo e ainda cobrou um livre que Rolando se encarregou de concluir. Não saiu sem marcar um terceiro golo e podia ter continuado.

Hulk
Tem tanto de corpo como de generosidade. O melhor marcador da Liga cedeu o centro das atenções a James, mas trabalhou para que isso fosse possível. Dois cruzamentos bem ao jeito veloz (e que velocidade!) do «Incrível» ambos para James brilhar. Mas o trabalho de Hulk até chegar ao momento do passe é sempre de rever: não há defesa que consiga travá-lo, ele que é um «peso-pesado» no ataque do FC Porto. Marcou num canto directo que foi mais uma má defesa de Nilson, mas merecia muito mais.

Varela
Tal como James e Hulk, Varela foi decisivo para a goleada. Num jogo em que o ataque sul-americano do FC Porto esteve em destaque, o internacional português também provou que o que é nacional é bom. Numa altura em que o país apela à nacionalidade, Varela respondeu com um grande golo, o 2-1, logo aos 22 minutos, após um cruzamento de James.

Beto
O ataque do Vitória não causou tantos estragos, mas Beto, suplente de Helton, com uma oportunidade na Taça, mostrou, uma vez mais, que o seu objectivo é ser o número um. Sofreu dois golos, mais por mérito do adversário que demérito seu, mas respondeu com eficácia em três momentos decisivos, dois deles na primeira parte e que podiam ter dado outro sentido ao jogo. Logo aos 15 minutos, negou o empate a Edgar com uma defesa fantástica, o mesmo sucedendo em cima do intervalo, quando defendeu a grande penalidade convertida por Edgar e que podia ter culminado no 4-3. No segundo tempo, com as contas muito a favor do FC Porto, voltou a mostrar atenção, novamente frente a Edgar e uma vez mais no um contra um.

Edgar
Teve tanto de oportunidade como de desacerto. Assinou o 2-2 na única vez que conseguiu bater Beto, numa altura em que estava cheio de confiança. Foram suas as melhores oportunidades do Vitória, mas ora por desacerto ou intervenção de Beto não conseguiu contrariar a goleada. Aos 69 minutos, já sem a convicção que os adeptos do Vitória desejavam, permitiu a defesa de Beto.

Anderson
Tal como Bruno Teles foi em tempos, Anderson também revelou um pé esquerdo decisivo. Assinou os dois cantos que deram origem aos golos do Vitória, duas marcações exemplares. Menos exemplar foi a forma como se deixou levar algumas vezes no seu flanco.

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