sábado, 28 de maio de 2011

Ronaldo: uma máquina



Não é fácil gostar dele, mas tem mesmo de ser
Por Vítor Hugo Alvarenga

Pruden, Telmo Zarra, Di Stéfano, Hugo Sanchéz, Baltazar, Romário, Pizzi, Ronaldo, Diego Forlán e Leo Messi. Na história da Liga espanhola, dez nomes ultrapassaram a marca de trinta golos numa época.

Cristiano Ronaldo superou todos: chegou aos quarenta.

Aos 26 anos, Ronaldo está diferente, como jogador. Não terá a espectacularidade de Leo Messi, meritoriamente distinguido como o melhor do Mundo, mas também não cresceu no berço do tiki-taka espanhol, em Barcelona.

CR7 adaptou-se, transformou-se numa máquina física, perdeu até algumas características que lhe víamos no Sporting, quando apareceu.

Em Inglaterra, teve de ganhar músculo e força. Aceitou o desafio e venceu.

No Real Madrid, numa época com sensação de fracasso colectivo, o recorde de Cristiano Ronaldo ganha particular relevo.

Em Dublin, um emigrante português dizia que a imagem do nosso futebol estava a ser afectada pelos feitios de CR7 e Mourinho. Talvez. Não me importo nada.

Hoje em dia, poucos confundem Portugal com Espanha, conhecem os nossos jogadores, treinadores e clubes. Prefiro assim.

Alguns portugueses detestam as birras de CR7 mas sorriem quando Messi atira uma bola para a bancada do Bernabéu ou soltam uma gargalhada quando recordam Cantona a agredir acrobaticamente um adepto.

Nem sempre é fácil gostar de Ronaldo, mas tem mesmo de ser. É bem mais difícil fechar os olhos e desvalorizar os seus feitos.

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