terça-feira, 19 de abril de 2011

Nacional-Sp. Braga, 1-1 (crónica)

Minhotos cedem nos descontos
Por Redacção com Manuel Alves

O futebol vive de incertezas. O Sp. Braga foi melhor durante a primeira parte, mas não marcou. Ao intervalo, o Nacional acordou e quando jogava mais e esteve perto de marcar, sofreu um golo. Depois, os minhotos até poderiam ter feito o 2-0 e acabaram por ceder já em tempo de descontos. O acreditar deu pontos aos alvinegros que continuam na corrida pela Liga Europa, enquanto os «guerreiros» quebraram uma série de cinco vitórias consecutivas e perderam a oportunidade de chegar ao 600º triunfo na I Liga.

Os primeiros 45 minutos não deixaram saudades aos cerca de 2000 espectadores que se deslocaram à Choupana. Nacional e Braga não produziram um bom espectáculo.
Ivo Vieira apostou em Mihelic, como surpresa no onze, enquanto no lado oposto Domingos Paciência também deixou Alan no banco de suplentes e apostou em Mossoró para a equipa inicial. Os primeiros quinze minutos foram de estudo de parte a parte.

Só aos 22 minutos, após um livre apontado com muita força por Hugo Viana, é que se viveu algum momento de emoção, com Claudemir a salvar o remate do médio minhoto sobre a linha de baliza.

Os madeirenses foram bastante tímidos, não pressionando e não conseguindo sair a jogar, numa primeira parte muito fraca, o que até já não é novidade nos alvinegros.
Foram sempre os bracarenses que estiveram mais perto da baliza de Bracalli, com o brasileiro a brilhar aos 41 minutos após um remate de Sílvio, que o guarda-redes desviou para canto. Dois minutos depois, é Bruno Amaro quem salva sobre a linha de golo, após um remate de cruzado de Mossoró. Os locais quase não se viram e os minhotos jogaram ao ritmo que mais lhes convinha e controlaram por completo esta primeira etapa da partida.

Golo bem anulado

Ao intervalo, Domingos Paciência retirou o apagado Ukra e lançou Alan. Apenas uma troca de nomes em termos de estratégia, mantendo o 4x2x3x1. Alan esteve perto de marcar quando cabeceou bem aos 52 minutos, mas Nuno Pinto emendou uma falha de Bracalli e salvou uma boa ocasião para os bracarenses. O técnico dos minhotos voltou a mexer, fazendo sair Lima e lançando Meyong, enquanto o Nacional respondeu com a saída de Mihelic e a entrada de Anselmo.

No minuto 62, após canto apontado por Bruno Amaro, Felipe Lopes surgiu sozinho elevando-se bem mas o cabeceamento saiu ao lado. Foi o primeiro sinal de perigo para os homens de Ivo Vieira.

E este lance acordou os locais que aos 63 minutos estiveram perto de marcar, com Mateus a ver o seu remate a ser desviado por Paulão com Artur batido. A entrada de Anselmo espevitou os alvinegros que foram crescendo perante um Braga que começou a sentir dificuldades.

Dando consistência à sua subida de produção, os madeirenses uma vez mais estiveram, perto de marcar aos 68 minutos, com Mateus a rematar forte para uma grande defesa de Artur ainda que incompleta. Anselmo ainda fez a recarga e golo, mas prontamente invalidado por fora de jogo deste atacante.

Barbosa gela a Choupana

Mas o futebol por vezes tem alguma injustiça. No melhor momento dos madeirenses, o Braga chegou ao golo. Após um bom cruzamento de Miguel Garcia, Hélder Barbosa surgiu a cabecear bem e bateu Bracalli com a bola ainda a bater na barra da baliza alvinegra.

Os homens da Choupana tentaram reagir mas foi notório que acusaram o golo. Diego Barcellos tentou a sua sorte de longe aos 82 minutos mas Artur estava atento e segurou bem.

Seria Hélder Barbosa a criar uma excelente situação num trabalho individual, cruzando bem para Alan aos 86 minutos rematar com muito perigo ao lado. E no lance seguinte, Hugo Viana também rematou forte com a bola a passar muito perto da baliza nacionalista.

Mas a turma da Madeira acreditou e já em tempo de descontos, Luís Alberto aproveitou bem um cruzamento de Claudemir e de cabeça bateu Artur. Foi resposta a igualdade e com alguma justiça pelo que fez na segunda parte a formação nacionalista.

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