quinta-feira, 28 de abril de 2011

Liga Europa: F.C. Porto-Villarreal, 5-1 (destaques)


Falcao a voar sobre os centrais
Por João Tiago Figueiredo

Falcao, o melhor de sempre

Noite de sonho. Quatro golos e uma eficácia a rondar os 100 por cento. Chegou aos 20 golos nas competições europeias, superando Jardel, que era o melhor marcador de sempre do F.C. Porto nesse capítulo. Tudo isto no sexto jogo consecutivo a marcar. Não há dúvidas que o colombiano está na melhor forma da época. Teve muito mérito no lance do penalty. Num Dragão cheio, foi dos poucos que acreditou que a abertura de Guarín tinha o comprimento suficiente. Felizmente, era ele que tinha de acreditar. Voltou a marcar a passe de Hulk, aumentou a contagem após livre de Guarín e ainda fez o quarto, de novo de cabeça, de novo mortífero, proporcionando ao F.C. Porto uma viagem mais tranquila a Vila-Real. Quem tem Falcao arrisca-se a isto. Brilhante. Não há muito mais a dizer.

Guarín, decisivo

Um jogo que é a metáfora de uma carreira de dragão ao peito. Pouco convincente no início, com más decisões, alguns pormenores e um discernimento distante da vontade que colocou em campo. Na segunda parte, transfigurou-se. Inventou a jogada do penalty com uma grande abertura para Falcao e fez o segundo, numa jogada onde colhe todo o mérito. Bom pormenor a tirar o defesa do caminho, infeliz no primeiro remate, travado, mas com raça suficiente para ainda ir lá encostar, pelo buraco da agulha. Marca ainda o livre que Falcao aproveitou para fazer o quarto. Está na história do jogo. Começa a ficar na história do F.C. Porto.

Hulk, lá engatou...

Tentou, tentou e tentou...Até que conseguiu o que queria. Com um Villarreal fechadinho desde o primeiro minuto, o brasileiro teve muitas dificuldades para furar. Acabou por conseguir, apenas, no lance que resultou no terceiro golo de Falcao, onde voltou a ser «Incrível». Há noites assim, onde o esforço acaba por dar frutos. Hoje, com Hulk, foi assim.

Otamendi, risco calculado

Quando, numa das primeiras intervenções em campo, errou um corte ao lado de Nilmar e viu a sorte protegê-lo, poderia pensar-se numa noite nervosa para o argentino. A benesse recebida despertou-o e, jogando sempre nos limites, somou intervenções preciosas, ajudando a estancar o contra-ataque alheio. Só não podia fazer nada no golo de Cani.


Borja Valero, o segredo

Esmiuçando o futebol do Villarreal, percebe-se rapidamente que o segredo da máquina é o seu número 20. Borja Valero encheu o campo esta noite do Dragão. Não foi apenas a lançar os venenosos contra-ataques do «submarino amarelo» que o médio se evidenciou. Foi gigante nas acções do miolo, deu luta aos três portistas que tentaram carrilar jogo por ali e foi mortífero no apoio ao ataque. Quando saiu, o Villarreal acabou.

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