domingo, 27 de fevereiro de 2011

Olhanense-FC Porto, 0-3

(crónica)
É uma máquina rumo ao título
Por Redacção com Jorge Anjinho

O FC Porto continua imbatível na Liga caminhando com confortável vantagem rumo ao título. No Algarve, o Olhanense foi impotente para travar o ritmo dos dragões, que resolveram na segunda parte, com golos de Belluschi e Falcao (2). Os algarvios perderam pela primeira vez no José Arcanjo, esta época, perante uma máquina azul e branca que permanece imparável.

André Villas-Boas efectuou apenas uma alteração no FC Porto em relação ao jogo com o Sevilha, deixando Fucile no banco e lançando Sapunaru, na lateral direita.

No Olhanense, João Gonçalves e Rui Duarte cederam os lugares a Suarez e Ismaily. Sem surpresas, a esquematização das duas equipas, em 4x3x3, embora o Olhanense com algumas nuances: Jorge Gonçalves encostava ao trio (então em linha) do meio-campo, ficando Paulo Sérgio e Djalmir no ataque.

Costuma-se dizer que uma equipa só joga o que a outra deixa. Por imposição (ou talvez não), o FC Porto não deixou o Olhanense jogar, principalmente nos 20 minutos iniciais, com a clara intenção de querer resolver cedo. A dúvida é sempre legítima de se colocar, porque os algarvios até se sentem bem nesse papel, de espera, pois têm boa organização para surpreender em contra-ataque.

Mas foi complicado os algarvios libertarem-se do domínio dos dragões, com linhas adiantadas e a defender muito distante de Helton. E muito Hulk no ataque, a necessitar de vigilância apertada, pois todo o futebol ofensivo dos dragões girou em torno do internacional brasileiro, que teve com Ricardo Baptista um duelo interessante, ganho pelo guarda-redes do Olhanense na primeira parte. Por tês vezes, o melhor marcador do campeonato alvejou a baliza algarvia, com Varela e Belluschi a serem protagonistas de outras duas boas situações para levar a equipa em vantagem para o intervalo.

Para isso também contribuiu a boa organização colectiva dos algarvios, que depois do começo a todo o gás dos azuis e brancos foram acertando as marcações. Mas sobrou muito receio nas abordagens ofensivas, com Helton a ter 45 minutos sem sobressaltos. Paulo Sérgio foi o mais incomodativo do Olhanense, equipa que não conseguiu oportunidades relevantes de golo nesse período.

Nova atitude, mas grande golo

Villas-Boas mexeu na equipa para a segunda parte. Retirou Sapunaru e Varela, apostou em Fucile e James. Paulo Sérgio voltou a assumir o ataque dos locais e apelou aos sentidos de Helton, aos cinco minutos, num remate colocado, com o brasileiro a defender e a lançar logo o ataque, que passou pelos pés de Falcao e acabou a embater no poste direito da baliza de Ricardo Baptista.

Dois lances nas duas balizas, normal no FC Porto face ao ocorrido até então, e indícios de atitude mais ofensiva no Olhanense. Na normalidade do FC Porto, Falcao (57 minutos) voltou a estar próximo de festejar quando Carlos Fernandes cortou uma bola quase dentro da baliza. Nos novos indicadores do Olhanense, as transições saíam mais rápidas, mas pecavam no último passe.

E foi com Olhanense adiantado que os dragões colocaram-se em vantagem, numa transição rápida, com Belluschi a finalizar após ressalto. A bola saiu em arco num grande golo. O jogo ficaria resolvido dois minutos depois, por Falcao, que apareceu na área livre de marcação a finalizar à vontade. Um atributo que o colombiano voltou a repetir, já em período de descontos, numa recarga a um remate de Hulk. A organização do Olhanense na primeira parte e o adiantamento do na segunda valorizou a vitória do FC Porto, que só foi fácil para quem não viu.

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